TDAH: conheça o transtorno que afeta até 2 milhões de brasileiros

Até há poucos anos muita gente nem acreditava na existência desse transtorno. Algumas pessoas achavam que era apenas uma característica comum em crianças “arteiras”. Hoje se sabe que o distúrbio atinge até 8% do público infantil sendo reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade.

Como seu diagnóstico é feito exclusivamente por meios clínicos, sem a existência de um exame que revele sua existência, muitas pessoas passam toda a vida sem conhecer a causa de seus sintomas. Sintomas caracterizados basicamente por desatenção, hiperatividade e impulsividade. Reconhecer a ocorrência simultânea das três características é o primeiro passo para se buscar ajuda profissional.

Para ajudar a entender melhor esse transtorno que acomete mais de 2 milhões de brasileiros, listamos abaixo as principais dúvidas e questões sobre a doença. Caso identifique a situação em algum parente ou amigo, não hesite em recomendar a procura por ajuda.

O que é TDAH?

É um transtorno neurobiológico de causas genéticas, que se manifesta na infância, mas pode acompanhar a pessoa durante a vida toda.

Quando não tratado, o transtorno pode trazer consequências?

Pesquisas mostram que o TDAH está associado ao fracasso acadêmico, abandono escolar, acidentes de trânsito, abuso de álcool e drogas, entre outras situações negativas de vida.

Como é o diagnóstico?

Conforme já citamos, não há um exame que detecte a TDAH. O diagnóstico é clínico e deve ser realizado por profissionais das áreas de psiquiatria, psicologia e neurologia. De acordo com as pesquisas, meninos costumam apresentar mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas no geral ambos são desatentos.

Quais as causas do transtorno?

De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção, as causas estão geralmente associadas a toxinas, problemas no desenvolvimento, alimentação, ferimentos, má formação, além de problemas familiares e hereditariedade. O consumo de álcool ou tabaco, por exemplo, são consideradas causas por toxinas.

Como é o tratamento?

O tratamento de crianças e adolescentes baseia-se na intervenção multidisciplinar envolvendo profissionais das áreas médica, de saúde mental e pedagógica, sempre com apoio dos pais. Além de tratamentos psicoterápicos, também há indicação de uso de medicamentos. No Brasil são usadas duas categorias principais de medicamentos, o Metilfenidato e a Lisdexanfetamina. Antidepressivos também podem ser indicados como coadjuvantes.

É possível tratar sem medicamentos, apenas com atividade física?

Embora as atividades físicas sejam consideradas importantes coadjuvantes, não podem servem como tratamentos exclusivos para o transtorno.

Quanto tempo dura o tratamento?

A duração deve considerar o controle dos sintomas. A recomendação é que só se interrompa o tratamento após um ano sem sintomas, sempre com acompanhamento profissional. Os casos devem ser avaliados individualmente.

Onde consigo mais informações sobre o tema?

A principal referência sobre o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade no país é a Associação Brasileira do Déficit de Atenção. A entidade, sem fins lucrativos, foi fundada em 1999 com o objetivo de disseminar informações científicas sobre o tema. O portal www.tdah.org.br é bastante rico em conteúdo e recebe mais de 500 mil visitas mensalmente. E a ABDA também realiza uma série de eventos em vários Estados do país, além de participar ativamente de simpósios e congressos no Brasil e no mundo sobre a TDAH.

Além disso, criamos um podcast especial com grandes profissionais para falar sobre o transtorno.

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