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21 de Setembro: Dia mundial da doença de Alzheimer

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, progressiva e sem cura, que causa a morte das células nervosas e a perda de tecido em todo o cérebro, causando perda de memória, da linguagem, da razão e da habilidade em cuidar de si mesmo, provocando alterações no comportamento, na personalidade e no humor do paciente.

A data existe para conscientizar e informar sobre a doença a fim de detectar sintomas e conseguir lidar melhor com seu tratamento e avanço.

CAUSAS

Embora as causas do Alzheimer sejam desconhecidas, o principal fator de risco é a idade: a doença atinge majoritariamente pessoas acima dos 65 anos e tem incidência maior no sexo feminino, porém, outras questões, como baixa escolaridade, problemas de saúde mental, prevalência de doenças como hipertensão, diabetes e tabagismo, além de um estilo de vida sedentário, também favorecem seu surgimento. Havendo predisposição genética, a doença pode se desenvolver de forma precoce, por volta dos 50 anos de idade.

SINTOMAS

Dentre os primeiros sintomas da doença, acontece da pessoa começar esquecendo primeiro as lembranças mais recentes, e com sua evolução, as memórias do passado começam a ser atingidas progressivamente.

Existem três níveis da doença: leve, moderado e avançado, e a velocidade da progressão varia muito. As pessoas com Alzheimer vivem, em média, oito anos, mas algumas podem sobreviver por até 20. O curso da doença depende, em parte, da idade da pessoa quando a doença foi diagnosticada e se a pessoa possui outros problemas de saúde.

O estágio leve apresenta sintomas como falhas de memória, esquecimentos constantes e dificuldade para executar tarefas mais complexas.

Na fase moderada, a pessoa já começa a precisar de ajuda para atividades simples, como se vestir.

Quando a doença de Alzheimer atinge o estágio avançado, é preciso ajudar até mesmo nas atividades cotidianas, como comer e cuidar da higiene.

DIAGNÓSTICO

Não há um teste diagnóstico específico e definitivo para o Alzheimer. A constatação da doença vem por meio do levantamento minucioso do histórico pessoal e familiar e pela exclusão de outras doenças mentais, além dos testes psicológicos.

TRATAMENTO

Embora não exista cura para o Alzheimer, a doença tem tratamento multidisciplinar: medicamentos (disponíveis nas farmácias do SUS), terapia ocupacional, reabilitação cognitiva, controle de pressão alta, colesterol e diabetes, e a prática de atividade física regular podem tornar mais lenta a sua evolução.

PREVENÇÃO

Não existem métodos 100% eficazes na prevenção do Alzheimer, mas existem hábitos que podem reduzir as chances de desenvolver a doença, como manter um estilo de vida ativo e saudável tanto física quanto mentalmente, controlar os fatores de risco cardiovascular como a hipertensão e diabetes, prezar por um sono de qualidade e trabalhar a capacidade de concentração, exercitando o cérebro com constantes atividades intelectuais.

COMO LIDAR COM O DIAGNÓSTICO DE ALZHEIMER

Contar ou não sobre o diagnóstico, é uma decisão que cabe à família, mas os profissionais de saúde envolvidos – e de confiança – podem sugerir a melhor maneira de agir, de acordo com o estágio da doença e com o comportamento e personalidade do paciente em receber a notícia.

Caso a opção seja contar sobre o diagnóstico à pessoa, especialistas sugerem que a conversa ocorra quando a doença estiver no estágio inicial, e que haja muita sensibilidade para explicar tudo de maneira clara e simples. Pessoas que encaram bem o diagnóstico podem optar participar ativamente de decisões para seu futuro, em relação a heranças, procurações e pessoas que serão responsáveis por diversas outras questões.

A RELAÇÃO ENTRE O ALZHEIMER E O SONO

Segundo médicos, a melatonina, hormônio que ajuda na indução ao sono, parece estar reduzida na doença de Alzheimer, causando a privação de sono, e que pode estar relacionado ao declínio cognitivo, podendo ser um indicador da demência.

Fique atento aos sintomas de Alzheimer: atenção e cuidado são primordiais para manter acesa as boas lembranças.